Máquinas de pesos tem conquistado cada vez mais os adeptos da musculação, justamente por suas intermináveis inovações, tecnologias avançadas, ótima funcionalidade e praticidade. Essas tem sido consideradas os equipamentos mais seguros em uma academia, as que propiciam aprendizado de movimento mas rápido e que possibilitam a realização de alguns exercícios que podem ser mais difíceis de serem realizados com pesos livres, como por exemplo, extensão de joelho. Mas ainda, ajudam a estabilizar o corpo e limitam o movimento sobre articulações específicas envolvidas na produção de força sinérgica (força produzida por músculos que fazem o papel de auxiliares em determinado movimento), isolando o trabalho de determinados músculos. Entretanto, as máquinas não oferecem diversidade na execução de exercícios, geralmente foram produzidas para determinado fim e raramente pode-se mudar isso, além de terem um custo elevado.
Ao contrário das máquinas, nos pesos livres (halteres, anilhas, barras, todo equipamento que se pode movimentar em um espaço tridimensional) há pouca tecnologia envolvida, muita carência de praticidade quando há o uso de barras ou anilhas e menor segurança em sua manipulação. Além de, apresentarem maior nível de dificuldade, por exigirem maior consciência corporal e maior grau de esforço pela ativação de músculos sinergistas. Entretanto, há os benefícios. Pesos livres existem desde há muito tempo e pouco mudaram dos séculos passados até hoje, condição que possibilitou o desenvolvimento de inúmeros exercícios, podendo ser realizados em qualquer espaço e por qualquer pessoa. Além disso, pesos livres podem resultar em um padrão de coordenação intra- e intermuscular mais elevado que máquinas, pela ativação dos músculos sinergistas, podendo ser utilizados em diferentes objetivos.
Com isso, entre máquinas e pesos livres não há melhores ou piores, não deve-se optar por um ou outro, mas sim combinar os diferentes modelos, ambos podem ajudar o sujeito a atingir seus resultados(1), desde que, as características específicas de cada tipo de aparelho sejam levadas em consideração no momento da prescrição do exercício para cada tipo de população específica, assim como, os objetivos(1).
1-AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE. Progression models in resistance training for healthy adults. Med.Sci. Sports. Exerc., v.41, n.3, p. 687-708, 2009.
Roberto Poton